Chegamos ao final de mais um ano. Como foi 2023 para você?
Vou compartilhar um pouco do que foi e está sendo o meu 2023.
Seja em minha vida pessoal, seja em meu consultório, ouvindo meus clientes, seja em meio aos meus amigos, seja mesmo ouvindo estranhos em algum local público, uma questão é FATO: 2023 foi um ano muuuitooo difícil!!
Relacionamentos interpessoais em conflito, conta no banco deficitária, ansiedade no pico, ou já transbordante, humor instável, crises existenciais, perdas de entes queridos, golpes financeiros, enfim... inúmeras situações desafiadoras, para cada um de nós!
Mas, o que você fez com essas experiências? Soube aproveitá-las como uma OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO, ou você se fechou e ficou à mercê das circunstâncias?
Sabemos: nada é fácil nessa vida: isso é um FATO! Tudo exige esforço e trabalho pessoal intenso, para poder aprender a lidar com tudo o que nos aflige, com coragem e honestidade para com cada um e, especialmente, consigo próprio.
Porém aqui, se coloca uma questão: nem sempre a honestidade é bem compreendida, haja vista as incompreensões das relações interpessoais, seja na família (e eu diria, em especial nessa esfera), seja em meio à sociedade como um todo.
A honestidade parece ser uma qualidade colocada em desuso. Tão em desuso que, quando ela acontece, de fato, parece ser compreendida como uma ameaça, ou agressão.
Chega a ser engraçado: você diz honestamente a alguém sobre um sentimento seu, legítimo, e isso pode ser compreendido como "quem é você para falar comigo assim?", ou "tenha cuidado em falar com a pessoa x, y, z, porque ela é muito bem conceituada na sociedade!".
Mas o que é isso afinal? Compartilhar sentimentos de forma honesta, sem grosseria, mas como expressividade, passou a ser considerado desrespeito. Antes, será preciso "medir as palavras" para falar com essa, ou aquela pessoa. O que parece estar em voga é o PODER AUTORITÁRIO. Eu preciso olhar "para cima" com quem eu falo?
Mas e a solidariedade, a cooperação e a compaixão, onde ficam? No meu entender, são sentimentos e ações que se vive na horizontalidade e não na verticalização das relações, onde um quer poder sobre o outro, como forma de controle e opressão!
O que você fez com essas experiências desgastantes de 2023? Vou lhes dizer o que eu fiz.
Primeiramente, cuidei de mim, psicologicamente e depois, espiritualmente, mas não necessariamente nessa ordem.
É! Psicóloga também precisa cuidar de seu próprio estado psicológico. E sabe o que fiz e que faço desde sempre? Psicoterapia. Isso. Nada foi melhor para mim, neste ano de perdas e desenganos, que o espaço de minha própria terapia!
E, sim. Espiritualmente (e aqui nada tem a ver com religião), procurei conexão com tudo aquilo que pudesse me trazer a LUZ necessária da compreensão e da sabedoria em aprender a viver, apesar de tudo!
É preciso aprender que SOMOS, antes de TERMOS. PODERMOS de igual para igual, antes de CONTROLARMOS e COOPERARMOS em meio às circunstâncias em que vivemos!
Lembrando que, o que nos faz iguais são, exatamente, as diferenças humanas que temos e que tecem a teia cheia de colorido especial às relações!
Sigo em frente! Convido a você a também seguir em frente. Faça do seu passado um motivo de aprendizado - experiência edificadora - isso pode nos engrandecer por dentro, fazendo de cada um de nós, seres ÚNICOS!